Temos algumas estatísticas sobre a longevidade de empresas:
- Dentre as 500 maiores empresas do mundo (Fortune 500): 45 anos… (a)
- Grandes empresas nos EUA. Das 501 empresas do NYSE em 1925, somente 13 (2,6%) ainda existiam de forma independente em 2004. (b)
- Empresas de diversos tamanhos na Europa & Japão: 12 anos… (a)
E no Brasil? Em São Paulo:
- 27% não completam o 1º ano e
- 62% não completam o 5º ano. (c)
Por que as empresas quebram?
Falta de dinheiro.
Mas, falta de dinheiro é causa ou conseqüência?
No mundo dos negócios, os fracassos são mais freqüentes que imaginamos. Mais algumas estatísticas:
- 2/3 das Transações de F&A não agregam valor ao Comprador (d)
- 90% das invenções patenteadas não são bem sucedidas comercialmente (e)
- A maior parte dos novos produtos lançados saem de linha pouco depois de seus lançamentos (f)
- Na indústria fonográfica, menos de 10% dos CDs lançados se tornam rentáveis (g)
E no Brasil?
- 2003: havia 69 marcas líderes de bebidas, alimentos industrializados e artigos de higiene e limpeza por 10 anos consecutivos. Em 2013: marcas líderes por uma década foram apenas 28 marcas (h)
- Somente 1% das empresas brasileiras que entram em recuperação judicial conseguem se recuperar (i)
- 70% dos CEOs das maiores empresas brasileiras acreditam que F&A “não atingem os resultados desejados” (j)
Por que as empresas quebram? O que você acha?
Referências:
(a) DE GEUS, A. A Empresa Viva – Como as Organizações podem Aprender a Prosperar e se Perpetuar. São Paulo: Editora Campus, 1998.
(b) BRUNER, R.F., Deals from Hell: M&A Lessons that Rise Above the Ashes. Hoboken, NJ: John Wiley & Sons, 2005.
(c) SEBRAE-SP, “Sobrevivência e Mortalidade das Empresas Paulistas de 1 a 5 Anos”. Bedê, M.A. (Coord.). Edição 2005.
(d) CARROL, P.B. & MUI, C. Billion Dollar Lessons. Nova Iorque: Portfolio / Penguin, 2009.
(e)
(f) SARASVATHY, S. & MENON, A. 2002. “Failing firms and successful entrepreneurs: serial entrepreneurs as a serial machine.” Working paper, University of Washington. GARTNER, W.B. 1988. “Who is an enterpreneur is the wrong question”, American Journal of Small Business (Spring): 11-32. Citados em BRUNER (2005), página 1.
(g) Segundo a Record Industry Association of America. Citados em ANDERSON, C. “The Long Tail”, www.changethis.com.
(h) CHIARA, M.“Está mais difícil manter a liderança”, Jornal O Estado de São Paulo, pág. B7, 7/10/2013.
(i) GAZZONI, M. Só 1% das empresas sai da recuperação judicial no Brasil. Jornal O Estado de São Paulo, 14/10/2013.
(j) TANURE, B. & CANÇADO, V., “Fusões & Aquisições: aprendendo com a experiência brasileira”. Revista de Administração de Empresas: RAE, São Paulo, v. 45, n. 2, p. 10-22, abr-jun, 2005. Citado em TANURE & PATRUS (2011), página 5.
Trackbacks/Pingbacks
[…] Este texto se propõe a responder a questão levantada no nosso último sobre o que destrói uma empresa. (https://eduardoluzio.wordpress.com/2014/06/10/quanto-tempo-dura-uma-empresa/). […]
GostarGostar
[…] Até então eu pouco sabia sobre a empresa, apesar de adorar seus produtos. Foi com surpresa que aprendi que a FC foi fundada em Stein, na Alemanha, em 1761! Neste mundo de hoje que os teclados dominam nossas vidas, vender lápis parece um negócio em extinção. Mas, não é… Qual é o segredo da longevidade da FC? […]
GostarGostar