Muito! Muito mais do que nós, “eficientes mentais” podemos imaginar.
Esta manhã, ouvi no rádio uma entrevista com a representante de uma ONG internacional cuja proposta é promover a inserção de pessoas com deficiências mentais em empresas. Ela descrevia a experiência de uma moça com Síndrome de Down que eles ajudaram a ser contratada como recepcionista de um hotel.
Contou que a experiência tem sido ótima. Que ela “não entende porquê, mas o clima da empresa melhorou muito”, que ela notava que os clientes queriam ser atendidos pela moça. Em seguida, ponderou: “pode ser que esta moça não dê lucro para o hotel, mas vale a pena”.
Quê?! Fiquei estupefato. Como uma representante de uma ONG não entende os efeitos de um programa de inclusão? Trata-se de humanizar a empresa, de tratar com e respeitar as diferenças. Isso afeta o clima interno da empresa e suas relações com o externo. Não dá lucro? Claro que dá! Se a equipe se motiva, se engaja, se os clientes melhoram sua percepção o lucro virá!
Temos muito trabalho pela frente para mudar certos paradigmas de gestão que estão fazendo as empresas adoecerem, desrespeitando seus funcionários, clientes e fornecedores.
Quem não quer trabalhar em uma empresa que respeite os limites do humano? Que reconheça o valor do indivíduo em suas possibilidades genuinas? Quem não quer ser atendido por uma empresa que entenda as diferenças entre nós, as valorize e ouse em apostar nelas?
Ufa, desculpem o desabafo!
Um abraço,
Eduardo Luzio
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